sábado, 12 de abril de 2008

Doze Passo Para os Cristãos:

"Vinde a mim vós todos que estais aflitos sob o fardo e eu vos aliviarei." (Mateus 11,28)
É uma proposta de integração entre a sabedoria dos Doze Passos de AA e as verdades espirituais da Bíblia.
Essa combinação de recuperação e espiritualidade oferece aos cristãos uma maneira eficaz de trabalhar com o programa de Doze Passos de AA em nome de Jesus Cristo, O Poder Supremo.
Doze Passos Para os cristãos tem por fundamento os princípios cristãos. No entanto, não estamos subordinados e nem filiados a nenhuma religião específica, aplica-se a cada espiritualidade através da Bíblia. Qualquer pessoa que se considere cristã de qualquer entidade, sem restrição ou mesmo aquela que não esteja ligada a nenhuma denominação.

ORAÇÃO DA SERENIDADE:




Meu Deus, concede-me a serenidade

de aceitar as coisas que não posso mudar,

a coragem de mudar as coisa que posso

e a sabedoria de perceber a diferença.

Vivendo um dia de cada vez,

aproveitando um momento de cada vez;

aceitando os reveses como caminho para a paz;

percebendo como Jesus fez,

este mundo perverso como ele é,

e não como como gostaria que fosse;

confiando que endireitarás as coisas,

se eu me entregar a tua vontade;

para que eu possa ser razoavelmente feliz nesta vida

e supremamente feliz contigo

para sempre, na outra. Amém

(Autor: Reinhold Niebuhr)

DOZE PASSOS:




( Adaptados de AA)


Os Doze Passos são sugestões de conduta ideais para nos libertarmos de problemas emocionais, dependencias, compulsões, solidão e uma série de comportamentos indesejávais que adquirimos como consequência de nossa separação de Deus que nos levam ao sofrimento.



" Os Doze Passos são um presente que Deus enviou a humanidade através dos fundadores de AA, e que tem curado e salvado milhares de vidas no mundo inteiro."

1º Passo:


Admitimos que éramos impotentes perante os efeitos de nossa separação de Deus, que tinhamos perdido o domínio sobre nossas vidas.


"Pois sei que em mim, quero dizer, em minha carne, o bem não não habita: querer o bem está em meu alcance, não porém, praticá-lo."(Romanos 7,18)


Quando eramos crianças, os que eram maiores que nós às vezes nos faziam cócegas. Faziam tantas cócegas e por tanto tempo que perdiamos o controle. Ficavamos ofegantes e implorávamos que parassem, gritando: "Desisto, dou-me por vencido, pare, por favor!" Às vezes paravam quando gritavamos, outras vezes só paravam quando alguém mais velho ou maior vinha em nosso auxílio.


O 1º Passo é como este episódio da infancia. Nossa vida e nosso comportamento são como o fazedor de cócegas que aflige dor e desconforto. Fizemos isso a nós mesmos. Assumimos o controle para nos proteger, mas os resultados com frequencia terminaram em caos. E agora não queremos desistir do controle e ficar livres do tormento. No 1º Passo, admitimos que não aguentamos mais. Imploramos pelo alívio. Gritamos: "Desisto!"


Não devemos procurar nada complicado ou profundo para entender o 1º Passo. Em vez disso, rendemo-nos e encaramos a dor de frente. Talvez tenhamos passado a vida toda evitando, escondendo ou medicando a dor. O 1º Passo é uma oportunidade para enfrentar a realidade e admitir que nossa vida não está funcionando sob nosso controle. A ceitamos nossa impotencia e paramos de fingir.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

2º Passo:

Viemos a acreditar que um poder superior a nós mesmos (Jesus) poderia devolver-nos à sanidade.
"Pois é Deus que opera em vós o querer e o fazer segundo o seu designo benevolente." (Filipenses 2,13)
"Olhei para as águas brancas e turbulentas do rio e senti-me derreter por dentro. Toda a coragem que reunira escapou com meu suor. Minhas pernas bambearam com a ideia de ir na jangada inflada pelas cachoeiras, tudo em nome da diversão. Então o guia, que ia dirigir e comandar nossa jangada, começou a falar. Parecia seguro de sí, muito confiante de que tudo daria certo. Deu-nos instruções, ensinou-nos os comandos, fez-nos rir e até me pôs a avontade. Suponho que era loucura, mas confiei nele para fazer deste insano passeio pelo rio uma experiência segura e agradável."
O 2º Passo é sobre a fé, Confiar e crer. A fé não é intelectualizada, simplesmente é. A fé não é adquirida, é uma dádiva. A fé não é opcional, é uma necessidade. Muitas águas turbulentas e agitadas nos esperam em nossa recuperação. Deus sabe disso e nos prepara colocando fé em nossos corações. Quando, finalmente, "olharmos" para Deus, teremos a fé para crer que Ele está alí.

3º Passo:

Decidimos entregar nossa vontade e nossa vida aos cuidados de Deus.
"Eu vos exorto pois, irmãos, em nome da misericordia de Deus, a vos oferecerdes vós mesmos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus: este será o vosso culto espiritual." (Romanos 12,1)
Consegue imaginar a insanidade de tentar fazer uma cirurgia em nós mesmos? Parariamos ao primeiro sinal de dor do bisturí. A cura não aconteceria nunca. É tão insano quanto pensar que poderiamos controlar nossa recuperação. Precisamos por nossas vidas nas mãos de Deus. Só Ele sabe o que é preciso para a cura. No 3º Passo, decidimos entregar o bisturí a Deus. Decidimos pedir-lhe para assumir o controle de nossa vontade e nossa vida.
Pomos em prática o 3º Passo por meio de um processo de tomada de decisão. Pense em outras grandes decisões que tomamos em nossas vidas. Por exemplo, ao decidir sobre a compra de uma casa, levamos em conta coisas sobre a casa tais como o custo, localização, condição, etc. Também tomamos em consideração coisas a nosso próprio respeito, tais como nossa capacidade de pagar, necessidades de moradia, preferências pessoais, etc. Finalmente, quando tudo foi ponderado, tomamos uma decisão. Pomos em prática o 3º Passo de modo parecido. Considerando nossas necessidades, a capacidade divina, o futuro. Refletimos sobre as mudanças. E, finalmente decidimos que Deus é o único capaz de controlar nossa vida, que sua vontade é o melhor pra nós.

4º Passo:

Fizemos minuncioso e destemido inventário moral de nós mesmos.
"Esquadrinhemos os nossos caminhos, examinemo-los; voltemos ao Senhor." (Lamentações 3,40)
Se morassemos sozinhos e fôssemos incapazes de ver, enfrentaríamos muitas necessidades especiais. Por exemplo, talvez achassemos difícil limpar bem a casa sozinhos. Talvez pedíssemos a um amigo com visão para vir ajudar. Esse amigo veria lugares que presisavam de limpeza e não tinhamos percebido. Nosso amigo indicaria esses problemas e então, esperamos, nos ajudaria a limpar.
No 4º Passo percebemos que há áreas de nossas vidas que precisam de atenção. Também percebemos que não conseguimos ver todas estas áreas. A negação manteve-nos cegos à sujeira em nossos cantos. A falta de amor-próprio fez-nos ignorar a beleza e o valor de nossas vidas. Neste Passo, Deus vem até nós como o amigo zeloso, Ele abre nossos olhos para as fraquezas em nossas vidas que precisam mudar e nos ajuda a edificar nossas forças.
Assim como um empresa faz um inventário de seu estoque, no 4º Passo fazemos o inventário de nossas vidas. Com uma prancheta, percorremos os corredores de nossas vidas e anotamos áreas de fraqueza e de força. Quando chegamos aos relacionamentos, anotamos os ressentimentos e rancores, mas também examinamos nossos relacionamentos amorosos e saldáveis. quando chegamos a nossa comunicação, anotamos as mentiras, mas também relacionamos e os caminhos positivos que partilhamos com os outros. neste processo, devemos pedir para que Deus nos guie. Ele conhece o que nosso armazem contém muito melhor do que nós.
INVENTÁRIO MORAL: É uma lista de nossas forças e fraquezas. Neste texto, as fraquezas também são citadas como: ofensas, deficiencias de carater, faltas e defeitos. Esse inventário é uma coisa que realizamos piedosamente com a ajuda de Deus. É para nosso próprio benefício.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

5º Passo:

Admitimos perante a Deus, perante a nós mesmos e perante a outro ser humano a natureza exata de nossas falhas.
"Confessai, pois, vossos pecados uns aos outros e rezai uns pelos outros, a fim de serdes curados." (Tiago 5,16)
Imagine uma casa que ficou fexada por vários anos. Um lençol de poeira cobre tudo. Sobejam sinais de decadencia: teias de aranha em cordões, como decoração de festa. Odores abafados e mofados de bolor. Bugigangas irreconhecíveis no consolo da lareira empoeirado. Quadros esquecidos e desbotados em paredes manchadas. Sentimentos lúgubres que pairam como fantasmas de anos passados. Mal podemos esperar para abrir todas as portas e todas as janelas, ventilar os cantos escuros e empoeirados. Vemos a luz do dia espantar os demônios da escuridão e da sombra.
Nossas vidas são como casas fechadas. Todos os nossos segredos infames, comportamentos embaraçosos e esperanças pedidas estão escondidos. O ar de nossa vida é mofado por que temos medo de abrir portas e janelas aos outros com medo de sermos descobertos, rejeitados ou humilhados. O 5º Passo é nossa saída. Quando admitimos a natureza exata de nossas falhas a Deus, a nós mesmos e a outro ser humano, abrimos as portas e janelas de nossas vidas. Mostramos nosso verdadeiro eu.
Pomos em prática o 5º Passo sendo sinceros e honestos com nós mesmos, com Deus e partilhando nosso inventário moral com alguém que confiamos, alguém que nos compreenda, que nos incentive e não nos condene.