sábado, 12 de abril de 2008

Doze Passo Para os Cristãos:

"Vinde a mim vós todos que estais aflitos sob o fardo e eu vos aliviarei." (Mateus 11,28)
É uma proposta de integração entre a sabedoria dos Doze Passos de AA e as verdades espirituais da Bíblia.
Essa combinação de recuperação e espiritualidade oferece aos cristãos uma maneira eficaz de trabalhar com o programa de Doze Passos de AA em nome de Jesus Cristo, O Poder Supremo.
Doze Passos Para os cristãos tem por fundamento os princípios cristãos. No entanto, não estamos subordinados e nem filiados a nenhuma religião específica, aplica-se a cada espiritualidade através da Bíblia. Qualquer pessoa que se considere cristã de qualquer entidade, sem restrição ou mesmo aquela que não esteja ligada a nenhuma denominação.

ORAÇÃO DA SERENIDADE:




Meu Deus, concede-me a serenidade

de aceitar as coisas que não posso mudar,

a coragem de mudar as coisa que posso

e a sabedoria de perceber a diferença.

Vivendo um dia de cada vez,

aproveitando um momento de cada vez;

aceitando os reveses como caminho para a paz;

percebendo como Jesus fez,

este mundo perverso como ele é,

e não como como gostaria que fosse;

confiando que endireitarás as coisas,

se eu me entregar a tua vontade;

para que eu possa ser razoavelmente feliz nesta vida

e supremamente feliz contigo

para sempre, na outra. Amém

(Autor: Reinhold Niebuhr)

DOZE PASSOS:




( Adaptados de AA)


Os Doze Passos são sugestões de conduta ideais para nos libertarmos de problemas emocionais, dependencias, compulsões, solidão e uma série de comportamentos indesejávais que adquirimos como consequência de nossa separação de Deus que nos levam ao sofrimento.



" Os Doze Passos são um presente que Deus enviou a humanidade através dos fundadores de AA, e que tem curado e salvado milhares de vidas no mundo inteiro."

1º Passo:


Admitimos que éramos impotentes perante os efeitos de nossa separação de Deus, que tinhamos perdido o domínio sobre nossas vidas.


"Pois sei que em mim, quero dizer, em minha carne, o bem não não habita: querer o bem está em meu alcance, não porém, praticá-lo."(Romanos 7,18)


Quando eramos crianças, os que eram maiores que nós às vezes nos faziam cócegas. Faziam tantas cócegas e por tanto tempo que perdiamos o controle. Ficavamos ofegantes e implorávamos que parassem, gritando: "Desisto, dou-me por vencido, pare, por favor!" Às vezes paravam quando gritavamos, outras vezes só paravam quando alguém mais velho ou maior vinha em nosso auxílio.


O 1º Passo é como este episódio da infancia. Nossa vida e nosso comportamento são como o fazedor de cócegas que aflige dor e desconforto. Fizemos isso a nós mesmos. Assumimos o controle para nos proteger, mas os resultados com frequencia terminaram em caos. E agora não queremos desistir do controle e ficar livres do tormento. No 1º Passo, admitimos que não aguentamos mais. Imploramos pelo alívio. Gritamos: "Desisto!"


Não devemos procurar nada complicado ou profundo para entender o 1º Passo. Em vez disso, rendemo-nos e encaramos a dor de frente. Talvez tenhamos passado a vida toda evitando, escondendo ou medicando a dor. O 1º Passo é uma oportunidade para enfrentar a realidade e admitir que nossa vida não está funcionando sob nosso controle. A ceitamos nossa impotencia e paramos de fingir.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

2º Passo:

Viemos a acreditar que um poder superior a nós mesmos (Jesus) poderia devolver-nos à sanidade.
"Pois é Deus que opera em vós o querer e o fazer segundo o seu designo benevolente." (Filipenses 2,13)
"Olhei para as águas brancas e turbulentas do rio e senti-me derreter por dentro. Toda a coragem que reunira escapou com meu suor. Minhas pernas bambearam com a ideia de ir na jangada inflada pelas cachoeiras, tudo em nome da diversão. Então o guia, que ia dirigir e comandar nossa jangada, começou a falar. Parecia seguro de sí, muito confiante de que tudo daria certo. Deu-nos instruções, ensinou-nos os comandos, fez-nos rir e até me pôs a avontade. Suponho que era loucura, mas confiei nele para fazer deste insano passeio pelo rio uma experiência segura e agradável."
O 2º Passo é sobre a fé, Confiar e crer. A fé não é intelectualizada, simplesmente é. A fé não é adquirida, é uma dádiva. A fé não é opcional, é uma necessidade. Muitas águas turbulentas e agitadas nos esperam em nossa recuperação. Deus sabe disso e nos prepara colocando fé em nossos corações. Quando, finalmente, "olharmos" para Deus, teremos a fé para crer que Ele está alí.

3º Passo:

Decidimos entregar nossa vontade e nossa vida aos cuidados de Deus.
"Eu vos exorto pois, irmãos, em nome da misericordia de Deus, a vos oferecerdes vós mesmos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus: este será o vosso culto espiritual." (Romanos 12,1)
Consegue imaginar a insanidade de tentar fazer uma cirurgia em nós mesmos? Parariamos ao primeiro sinal de dor do bisturí. A cura não aconteceria nunca. É tão insano quanto pensar que poderiamos controlar nossa recuperação. Precisamos por nossas vidas nas mãos de Deus. Só Ele sabe o que é preciso para a cura. No 3º Passo, decidimos entregar o bisturí a Deus. Decidimos pedir-lhe para assumir o controle de nossa vontade e nossa vida.
Pomos em prática o 3º Passo por meio de um processo de tomada de decisão. Pense em outras grandes decisões que tomamos em nossas vidas. Por exemplo, ao decidir sobre a compra de uma casa, levamos em conta coisas sobre a casa tais como o custo, localização, condição, etc. Também tomamos em consideração coisas a nosso próprio respeito, tais como nossa capacidade de pagar, necessidades de moradia, preferências pessoais, etc. Finalmente, quando tudo foi ponderado, tomamos uma decisão. Pomos em prática o 3º Passo de modo parecido. Considerando nossas necessidades, a capacidade divina, o futuro. Refletimos sobre as mudanças. E, finalmente decidimos que Deus é o único capaz de controlar nossa vida, que sua vontade é o melhor pra nós.

4º Passo:

Fizemos minuncioso e destemido inventário moral de nós mesmos.
"Esquadrinhemos os nossos caminhos, examinemo-los; voltemos ao Senhor." (Lamentações 3,40)
Se morassemos sozinhos e fôssemos incapazes de ver, enfrentaríamos muitas necessidades especiais. Por exemplo, talvez achassemos difícil limpar bem a casa sozinhos. Talvez pedíssemos a um amigo com visão para vir ajudar. Esse amigo veria lugares que presisavam de limpeza e não tinhamos percebido. Nosso amigo indicaria esses problemas e então, esperamos, nos ajudaria a limpar.
No 4º Passo percebemos que há áreas de nossas vidas que precisam de atenção. Também percebemos que não conseguimos ver todas estas áreas. A negação manteve-nos cegos à sujeira em nossos cantos. A falta de amor-próprio fez-nos ignorar a beleza e o valor de nossas vidas. Neste Passo, Deus vem até nós como o amigo zeloso, Ele abre nossos olhos para as fraquezas em nossas vidas que precisam mudar e nos ajuda a edificar nossas forças.
Assim como um empresa faz um inventário de seu estoque, no 4º Passo fazemos o inventário de nossas vidas. Com uma prancheta, percorremos os corredores de nossas vidas e anotamos áreas de fraqueza e de força. Quando chegamos aos relacionamentos, anotamos os ressentimentos e rancores, mas também examinamos nossos relacionamentos amorosos e saldáveis. quando chegamos a nossa comunicação, anotamos as mentiras, mas também relacionamos e os caminhos positivos que partilhamos com os outros. neste processo, devemos pedir para que Deus nos guie. Ele conhece o que nosso armazem contém muito melhor do que nós.
INVENTÁRIO MORAL: É uma lista de nossas forças e fraquezas. Neste texto, as fraquezas também são citadas como: ofensas, deficiencias de carater, faltas e defeitos. Esse inventário é uma coisa que realizamos piedosamente com a ajuda de Deus. É para nosso próprio benefício.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

5º Passo:

Admitimos perante a Deus, perante a nós mesmos e perante a outro ser humano a natureza exata de nossas falhas.
"Confessai, pois, vossos pecados uns aos outros e rezai uns pelos outros, a fim de serdes curados." (Tiago 5,16)
Imagine uma casa que ficou fexada por vários anos. Um lençol de poeira cobre tudo. Sobejam sinais de decadencia: teias de aranha em cordões, como decoração de festa. Odores abafados e mofados de bolor. Bugigangas irreconhecíveis no consolo da lareira empoeirado. Quadros esquecidos e desbotados em paredes manchadas. Sentimentos lúgubres que pairam como fantasmas de anos passados. Mal podemos esperar para abrir todas as portas e todas as janelas, ventilar os cantos escuros e empoeirados. Vemos a luz do dia espantar os demônios da escuridão e da sombra.
Nossas vidas são como casas fechadas. Todos os nossos segredos infames, comportamentos embaraçosos e esperanças pedidas estão escondidos. O ar de nossa vida é mofado por que temos medo de abrir portas e janelas aos outros com medo de sermos descobertos, rejeitados ou humilhados. O 5º Passo é nossa saída. Quando admitimos a natureza exata de nossas falhas a Deus, a nós mesmos e a outro ser humano, abrimos as portas e janelas de nossas vidas. Mostramos nosso verdadeiro eu.
Pomos em prática o 5º Passo sendo sinceros e honestos com nós mesmos, com Deus e partilhando nosso inventário moral com alguém que confiamos, alguém que nos compreenda, que nos incentive e não nos condene.

6º Passo:

Prontificamos-nos inteiramente a deixar que Deus removesse todos esses defeitos de caráter.
"Humilhai-vos diante do Senhor e Ele vos exaltará." (Tiago 4,10)
Quando um lavrador trabalha no campo, começa com a preparação do solo. Lavra, ara, revolve a terra, fertiliza, revolve a terra outra vez e, finalmente, planta. Durante algum tempo, o lavrador está visivelmente ativo no campo. Mas depois que planta, pára um pouco, para que as novas sementes cresçam. Não há nada a fazer, exceto esperar e confiar.
No 6º Passo, a atividade cessa durante uma temporada. As sementes de mudança que Deus plantou tem tempo para germinar e crescer. Nossas emoções tem tempo para alcançar nossas novas experiências. Aramos e preparamos e agora damos ao poder divino o tempo necessário para criar em nós uma mudança interna.
Pomos em prática o 6º Passo estando preparados para o momento em que Deus traz mudanças em nossas vidas. Estar preparados não parece atividade, mas é, atividade espiritual. Deus só pode nos mudar se quisermos que Ele o faça e até agora não lhe pedimos mudanças. Só ficamos conscientes de nossa condição e admitimos nossa necessidade. Em passos futuros, pediremos a Deus para eliminar nosssos defeitos e ajudar-nos a endireitar as coisas. Neste Passo, esperamos que Ele faça algum trabalho interno e precisamos ser sensíveis às mudanças que está fazendo em nossos corações.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

7º Passo:

Humildemente rogamos a Ele que nos livrasse de nossas imperfeições.
"Se confessarmos nossos pecados, fiel e justo como é, ele nos perdoará nossos pecados e nos purificará de toda iniguidade. " (1ª Epist. de João 1,9)
Quem já esteve gravemente doente ou machucado sabe o que é precisar dos outros. É, na verdade, humilhante quando estamos no leito de doente, incapazes de nos mover e de cuidar de nós mesmos. Até a necessidade mais simples precisa ser satisfeita por outra pessoa. Quando chegamos ao 7º Passo, percebemos estamos em um leito de doente e só Deus pode satisfazer nossas necessidades. Até agora, todos os passos reforçaram o mesmo tema: Somos incapazes, mas Deus é capaz! Assim, enquanto estamos desamparados e humildes no leito de nossa doença, rogamos: "Elimina minhas imperfeições".
O 7º Passo requer oração. É de joelhos que o pomos em prática. Nossa condição, nossa sinceridade e nossa dor nos fizeram humildes por isso, agora precisamos abrir a boca e rezar. Aqui a tentação é rezar uma oração geral. Somos tentados a rogar a Deus para eliminar tudo como se fosse um negócio. Mas não é assim que o programa finciona. Se formos meticulosos, nosso inventário do 4º Passo relacionou cada defeito de carater separadamente. Nossa confissão do 5º Passo também foi feita item por item, e, mais tarde, nossas reparações serão feitas individualmente, assim, agora nossa tarefa do 7º Passo é a oração humilde pela eliminação de nossas imperfeições - uma falha de cada vez.

8º Passo:

Fizemos uma relação de todas as pessoas a quem tinhamos prejudicado e nos dispusemos a reparar os danos a elas causados.
"E assim como quereis que os homens façam a vós, fazei do mesmo modo a eles." (lucas 6, 31)
- Mamãe! Sara me bateu! - R. J. berrou como uma sirene.
- Mas ele me chutou primeiro - Sara se defendeu.
- Sim, mas ela pegou meu jogo.
- Ele não devia ser tão melindroso...
E por aí a fora...
Isso lhe parece familiar? As crianças adoram culpar os outros por seus problemas e detestam aceitar responsabilidades. De vez em quando, nós adultos as obrigamos a aceitar a responsabilidade e as constrangemos a um pedido de desculpas forçado. Mas elas munca dizem espontâneamente: " Sinto muito. Me comportei mal".
No 8º Passo, começamos a crescer; a fazer o que pessoas amadurecidas espiritualmente fazem - aceitar a responsabilidade de nossos atos, sem levar em conta o mal que os outros nos fizeram. Em todos esses passos estivemos lidando com material nosso. O 4º Passo era nosso inventário moral - de ninguém mais. Nossas admissões do 5º Passo eram de nossas falhas. Estamos aqui para examinar e corrigir apenas as nossas próprias imperfeições. No 8º Passo continuamos a examinar. Mas desta vez estamos levando em conta os que foram prejudicados por nossos defeitos de caráter.
Pomos em prática o 8º Passo por meio de séria reflexão. Com a ajuda de Deus, recordamos os nomes e as fisionomias das pessoas que prejudicamos. Nossa tarefa é anotar seus nomes e apreciar cada pessoa com atenção. Precisamos examinar nosso relacionamento com as pessoas e refletir na maneira como as prejudicamos. Ajudaremos a nós mesmos sendo o mais minunciosos possível em nossas notas e considerações.

terça-feira, 8 de abril de 2008

9º Passo:

Fizemos reparações dirétas dos danos causados a tais pessoas, sempre que possível, salvo quando fazê-lo significa-se prejudicá-las ou a outrem.
"Por tanto, quando fores apresentar tua oferenda no altar, se ali te lembrares de que teu irmão tem algo contra tí, deixa a tua oferenda ali, diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; depois, vem apresentar tua oferenda." (Mateus 5,23-24)
As catastrofes naturais são sempre notícias absorventes. Terremotos, furacões, incêndios em florestas ou matagais e enchentes prendem nossa atenção. Porém, raramente, vemos o trabalho arduo de reconstrução que acontecem depois que o desastre passou. Vidas, lares, negócios e comunidades inteiras são restauradas e reanimadas.
O 9º Passo assemelha-se às restaurações e a reconstrução que acontecem depois da calamidade. Pelo processo de reparação, começamos a corrigir os danos de nosso passado. No 8º Passo, avaliamos os danos e fizemos um plano. Agora, no 9º, entramos em ação.
A prática do 9º Passo envolve contatos pessoais com aqueles a quem prejudicamos. Percorremos nossa lista do 8º Passo, pessoa por pessoa. Abordamos cada uma delas com delicadeza, sencibilidade e compreensão. Deus pode pode nos ajudar a descobrir o melhor jeito de fazer o contato. Algumas pessoas requerem um encontro frente a frente, enquanto outras situações podem ser resolvidas com mudanças de nosso comportamento. Seja qual for o caso, Deus nos concede a sabedoria e a orientação que precisamos.

10º Passo:

Continuamos fazendo o inventário pessoal e, quando estavamos errados, nós o admitiamos prontamente.


"Assim, pois, aquele que pensa estar de pé tome cuidado para não cair." (1Cor 10,12)


Quem cultivou um jardim sabe o cuidado necessário para mantê-lo saudável. Precisamos remover pedras e ervas daninhas, enriquecer o solo com fertilizantes, cercá-lo para que retenha a água, plantar as sementes, regar e proteger contra insetos. É preciso cuidado constante para manter o jardim livre de ervas daninhas que poderiam retomá-lo se as deixássemos. Outrora o Jardim lhes pertencia e elas parecem sempre querê-lo de volta.


Nossa recuperação ocorre de forma semelhante. Outrora, pertenciamos às "ervas daninhas" - nossos comportamentos derrotistas -, mas Deus nos ajudou a plantar um jardim em nossas vidas. Arrancou as ervas daninhas e fez com que coisas maravilhosas crescenssem em lugar delas. Deus usou os Passos como instrumento e nos levou a um lugar onde as coisas são diferentes. Estamos começando a ver a promessa de frutos, a promessa de mudança duradoura. No meio deste novo jardim, também podemos ver a volta das ervas daninhas, que não morrem facilmente. De fato, enquanto vivermos, nossos velhos hábitos derrotistas buscaram reconquistar nossas vidas. Por essa razão, precisamos estar sempre vigilantes para por em prática o 10º Passo. Precisamos continuar fazendo o inventário pessoal e a proteger nosso jardim.
INVENTÁRIO PESSOAL: Parece-se muito com o inventário moral do 4º Passo. A diferença é a natureza contínua e frequente. A idéia de pessoal é para nos lembrar que o inventário é sobre nosso comportamento e emoções, e não sobre os outros. Este inventário nos auxilia a identificar nossos erros e a necessidade de corrigí-los para nosso próprio benefício.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

11º Passo:

Procuramos através da prece e da meditação, melhorar nosso contato com Deus, rogando apenas o conhecimento de sua vontade em relação a nós, e forças para realizar essa vontade.
"Que a palavra de Cristo habite entre vós em toda sua riqueza." (Colossences 3, 16)
A comunicação sincera é essencial para um relacionamento saudável. Se os parceiros decidem não conversar um com o outro, o relacionamento sofrerá em todas as áreas e acabará fracassando. Por outro lado, quando existe comunicação, relacionamentos se fortalecem ou, se foram rompidos, são curados e recuperados.
O relacionamento com Deus é nosso relacionamento mais importante. E é impossível sem a comunicação. Ao nos aproximarmos de Deus na prece e na meditação, aproximamo-nos de nossa fonte de poder, serenidade, orientação e cura. Ignorar a comunicação com Deus é desligar nossa fonte de força.
Pomos em pretica o 11º Passo por meio da prece e da meditação. Na prece, ou oração, conversamos com Deus, e na meditação nós o ouvimos. Entretanto, muitos de nós lutamos com a oração. Conhecemos orações, mas não sabemos como rezar. O 11º Passo é a comunicação com Deus. É o processo de aprender a intimidade e o poder da prece e da meditação. É o ato de nos aproximarmos de Deus.

12º Passo:

Tendo experimentado um despertar espiritual, graças a estes Passos, procuramos transmitir esta mensagem aos outros e praticar estes princípios em todas as nossas atividades.
"Irmãos, se acontecer a alguém ser surpreendido em falta, a vós, os espirituais, compete corrigí-lo, com espírito de mansidão; acautela-te consigo mesmo: tu também não podes ser tentado? (Galatas 6,1)
Em quase todas as casas com crianças, há uma parede ou um batente de porta com marcas de lápis. Essas marcas, com datas ou idades ao lado, acompanham o crescimento. Com intervalo de alguns meses, as crianças encostam-se na parede e a mamãe ou papai marcam sua altura. Às vezes o crescimento mal é notado, outras é drástico.
O 12º Passo é ocasião para notar o crescimento. Pela Graça Divina e o nosso compromisso de pôr em prática os Passos, passamos por uma experiência espiritual que mudou nossas vidas. Começamos esta viagem como tiranos amedrontados, agarrados desesperadamente ao controle de nossos peguenos reinos. Mas terminamos este ciclo de nossa viagem com um novo rei no trono: DEUS. Passamos por uma rebelião que conduzimos contra nós mesmos (ego). Com a ajuda divina, eliminamos nosso reino e estabelecemos o de Deus. Embora, saibamos que crescemos por meio desse procedimento, a marca na parede está uma pouco mais baixa - não inclui a coroa.
Nós nos preparamos para o 12º Passo assegurando que Deus tenha feito parte de todos os aspectos de nosso progrtama. Se simplesmente O acrescentarmos como ingrediente de nossa recuperação, não notaremos nenhum despertar espiritual no 12º Passo. Se mantivermos controle em todos os Passos, mas os praticamos com zelo rigoroso, não encontraremos nenhum despertar espiritual agora. Entretando, o despertar espiritual do 12º Passo será nosso, se tivermos feito o seguinte: confiado na presença de Deus, praticado os passo em parceria com Ele e entregado a Ele o controle de nossa vontade e de nossa vida.

domingo, 6 de abril de 2008

DOZE TRADIÇÕES:



(Adaptadas de A A)

As tradições orientam os grupos, sugerem aos seus membros uma forma de convivência de ética e respeito ao próximo, contendo elevados valores espirituais.

"Praticar as tradições é uma prova de Amor, um meio de aproximação com Deus"

1ª Tradição:

Nosso bem estar comum deve estar em primeiro lugar; a reabilitação individual depende da unidade dos cristãos.

"Se me amais, observai os meus mandamentos... O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros assim como au vos amei." (João 14,16 ; 15,12)

Amar uns aos outros, não é colocar o bem estar comum em primeiro lugar?

O egoísmo nos faz colocar sempre a nós mesmos, e a todas as nossas coisas sempre em primeiro lugar. Passamos boa parte do tempo nos preocupando conosco, nossos filhos, parentes, nossa casa, nossos bens, nossa saúde, etc.

O inverso do egoísmo é o amor, o despreendimento de sí mesmo, de nossos desejos, ideais, interesses, etc. Podemos continuar, é claro, cuidando de nós mesmos, porém, isso já não é tudo em nossas vidas, já não está mais na prioridade, vemos agora, que o bem estar comum deve vir em primeiro lugar.

Fazemos parte deste grupo de cristãos, e todos são igualmente importantes, devemos ouvir a todos, e o que for melhor para todos será melhor para cada um. Aprendemos juntos, erraremos e acertaremos, no final todos seremos beneficiados com a Graça de Deus.

Não só no grupo, mas em todas as partes em que convivermos, devemos pensar no bem estar comum.

2ª Tradição:

Somente uma autoridade preside, em última análise, a nosso propósito comum; um Deus Amantíssimo (Jesus), que se manifesta em nossa consciencia coletiva. Nossos líderes são apenas servidores de confiança. Não tem poderes para governar.
"E Jesus disse-lhe: Amarás O Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo teu pensamento." (Mateus 22,27)
Assim como em todos os grupos de Doze Passos, que se originam de AA, Doze Passos Para os Cristãos também não possui pessoas autorgadas de autoridade, os "líderes" são, em verdade, servidores de Cristo.
Nosso Senhor Jesus Cristo, é a única autoridade, e suas determinações se manifestam através da votação consciente dos membros dos grupos. Não estamos subordinados, nem mesmo, a autoridade de nenhuma seita ou religião, respeitamos todas elas, porém, seguimos os nossos próprios preceitos.
Aceitar a autoridade Suprema de Deus é a maior demonstração de nosso amor por Ele. Temos a certeza de que Ele é infinitamente Sábio, Justo e Digno para traçar os rumos que devemos tomar.
Por outro lado, devemos ter conhecimento de que Cristo só se manifesta em nossas consciências, nunca em nossas emoções e instintos, pois a consciência, é a parte mais elevada de nossa mente, nela estão nossa razão, sabedoria e bom senso. Portanto, quando votarmos, jamais devemos manifestar nossos desejos egoístas, mas sim, pensar no que é melhor para todos, na certeza de que seremos abençoados por Deus.

sábado, 5 de abril de 2008

3ª Tradição:

Para ser membro de Doze Passos Para os Cristãos, os únicos requisitos são: ser cristão e ter o desejo de recuperar-se da doença espiritual.
"E o Espírito e a Esposa dizem: "Vem!" E quem ouve diga: "Vem!" E quem tem sede, venha! E que o homem de boa vontade receba, gratuitamente, da água da vida!" (Apocalipse 22,17)
Diferente das tradições das demais Irmandades derivadas de AA, Doze Passos para os cristãos propõe dois requisitos para seus membros: aceitar, ou estar disposto a aceitar, Cristo como seu único Salvador; e ter o desejo de se recuperar da doença espiritual.
O primeiro passo diz: "Admitimos que eramos impotentes perante os efeitos de nossa separação de Deus..." Essa é a doença espiritual, que tem por origem o orgulho. O orgulho é o que semeia a completa desunião entre Deus e o Homem. O efeito do orgulho é o egoísmo e o egocentrismo, que provocam toda desordem emocional e espiritual, capaz e levar a pessoa a toda sorte de condutas indevidas e destrutivas. O orgulho torna o ser humano, incapaz de integrar-se a Deus e de aceitar seus designos, provocando a desagregação com Deus e com os outros seres humanos.
Desejar recuperar-se da doença espiritual, significa DESEJAR MUDAR, adquirir humildade, passar por todas as transformações de personalidade necessárias, adquirir uma nova maneira de pensar, de sentir e de agir. Essa mudança irá transformar-nos em pessoas capazes de amar a Deus e a nossos semelhantes, como Cristo nos ensinou.
Quando o Senhor chamar: "Vem!" respondemos "Sim", para mergulhar nesta fonte de água da vida!

4ª Tradição:

Cada grupo deve ser autônomo, salvo em assuntos que digam respeito a outros grupos ou a Doze Passos Para os Cristãos em seu todo.
"Vós irmãos foram chamados à liberdade. Não abuseis, porém, da liberdade...Pelo contrario, fazei-vos servos uns dos outros pela caridade." (Galatas 5, 13)
As tradições de AA são frutos de muitos anos de experiência vividas por seus grupos. Até perceber que cada grupo é uma célula espiritual da Irmandade, e que, juntos aprendem, erram, acertam, moldando sua conduta de acordo com a orientação de Deus que se manifesta através da consciencia coletiva (2ª Tradição).
A finalidade de cada grupo é tornar-se um ambiente promissor para facilitar a recuperação de seus membros. Uma vez alcançado este objetivo, os caminhos encontrados por cada grupo podem ser diferentes.
Essa liberdade, no entanto, tem limites, os grupos não tem autonomia para denegrir os princípios éticos da Irmandade, e nem deturpar os princípios espirituais e cristãos.
Assim como nos diz a Oração da Serenidade: "Sabedoria de perceber a diferença...", diferença do que podemos ou não podemos mudar.
Devemos nos lembrar que, um grupo cuja conduta leve-o a desagregar-se do restante da Irmandade, estará condenado ao fracasso.

5ª Tradição:

Cada grupo é animado de um único propósito primordial: trasmitir sua mensagem ao doente que ainda sofre.
"Portanto, ide, fazei discípulos de todas as nações...Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado..." ( Mateus 28,19-20)
Quando estamos muito doentes espiritualmente, descrevemos numerosas queixas dos "problemas" que nos levam a sofrer. No entanto, muitas vezes estes "problemas" são até resolvidos, e nos surpreendemos quando percebemos que: ainda continuamos sofrendo! Será, então, que era mesmo o "problema" o causador de nosso sofrimento?
Ao conhecermos o programa de Doze Passos, percebemos que todos os nossos "problemas", na verdade, derivam-se de nossa doença espiritual, ela é nosso verdadeiro Problema!!!
Assim sendo, é irrelevante nos absorvermos no propósito de resolver "problemas" diversos, devemos sim, nos dedicar ao nosso único propósito primordial: transmitir a mensagem ao doente que ainda sofre.
Quando começamos a nos recuperar da doença espiritual, percebemos que as outras questões que nos aflingiam, vão nos parecendo cada vez menos importantes, e que tudo que passávamos era por causa da doença espiritual.
A medida em que nos recuperamos vamos, nos tornando cada vez mais aptos para solucionar com serenidade as nossas dificuldades, e com a Graça de Deus, vamos transpondo os obstáculos que surgirem em nosso caminho.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

6ª Tradição:

Nenhum grupo de Doze Passos para os Cristãos deverá jamais, apoiar, financiar ou ceder o nome a qualquer sociedade ou empresa alheia a Irmandade, afim de que os problemas de dinheiro, propriedade e prestígio não nos afastem do nosso objetivo primordial.
"Não vos prendais ao mesmo julgo que os infieis." (2Corintios 6,14)
A sexta tradição dá continuidade à quinta tradição. Se tivermos um único propósito primordial, devemos nos manter fiéis a ele, sem permitir que ele se desvie, nos envolvendo em outras questões alheias a nossa Irmandade.
Por outro lado, sabemos que, como doentes espirituais, estamos sujeitos a "tentações", estamos vulneráveis à possibilidade de acabar cedendo quando se trata de questões que dizem respeito à dinheiro, propriedade, prestígio, etc.
Portanto, é de muito bom senso, que não venhamos a ter qualquer envolvimento com questões que possam nos desviar de nosso objetivo primordial, ou que, de alguma forma, possam nos fazer regredir, diante de nossos princípios de recuperação espiritual.

7ª Tradição:

Todos os grupos de Doze Passos para os Cristãos deverão manter-se sempre auto-suficientes, rejeitando qualquer doações de fora.
" Dê cada um conforme o impulso de seu coração, sem tristeza nem constrangimento. Deus ama quem dá com alegria." (2Corintios 9,7)
Apesar de D.P.P.C ser uma instituição de fundamentos exclusivamente espirituais, para mantermos um grupo em funcionamento, necessitamos de recursos financeiros que viabilizem este serviço, como: para o pagamento do aluguel da sala de reuniões, compra de material de escritório, compra de literatura, etc.
Por este motivo precisamos das doações voluntárias dos companheiros, que beneficiados com este programa e abençoados por Deus, decidam de livre e espontânea vontade contribuir.
Por outro lado, no entanto, devemos ser auto-suficientes, e jamais aceitar doações de pessoas que não sejam membros de nossa Irmandade, e nem de instituições, sejam elas particulares ou públicas; nem mesmo de instituições de caridade.
E isso se deve ao fato de que, acreditamos que, quando se aceita dinheiro de fora, de alguma forma, cria-se algum tipo de vínculo ou compromisso, o que contraria nossa sexta tradição.
Devemos ainda, ter em mente que não devemos permitir que questões de dinheiro, possam nos desviar de nossa ética e princípios Cristãos. Assim sendo, é de bom senso, que procuremos compartilhar entre os membros do grupo, a quantia suficiente para suprir as despesas e manter uma reserva prudente, a fim de fazer a manutenção constante e crescente da transmissão da mensagem.

8ª Tradição:

Doze Passos para os Cristãos deverá manter-se sempre não profissional, embora nossos centros de serviços possam empregar trabalhadores especializados.
" Servi com dedicação, como servos do Senhor e não dos homens. E estais certos de que receberá do Senhor a recompensa do bem que tiver feito."(Efésios: 6,7)
Tal qual as outras Irmandades de Doze Passos, nós também não temos profissionais. Vale para nós o ditado: "Recebestes com liberalidade; dai também com liberalidade."
Quanto vale nossa recuparação? Quanto vale a graça divina? A transmissão da mensagem jamais deve ser remunerada! O serviço em D.P.P.C. é um trabalho de gratidão e retribuição pela graça recebida. Devemos ainda levar em conta, que o serviço faz parte de nossa recuperação, servindo estamos nos recuperando, nos libertando de nosso egoismo. Nos baseando nos três legados inspirados por A.A.: Recuperação, Unidade e Serviço.
Por outro lado, a Irmandade pode contratar profissionais para exercer atividades colaterais como: faxineiros, digitadores, gráficas, etc. Esses serviços, como verificamos, nada tem a ver com a transmissão de nossa mensagem.
Os grupos, para funcionar, precisam de comitês de serviço formados pelos seguintes encargos: COORDENADOR: Organiza as reuniões de acordo com o roteiro sugerido. TESOUREIRO: É responsável pela arrecadação voluntária dos membros do grupo, pelo pagamento das contas e compra de materiais necessários. SECRETÁRIO: Preenche as atas de reunião, controla a literatura, a correspondencia e a leitura dos avisos dirigidos ao grupo. Poderá também, se for necessário, haver um REPRESENTANTE a fim de colaborar com a divulgação do grupo e se apresentar em eventos e reuniões em nome do grupo.

9ª Tradição

Doze Passos para os Cristãos jamais deverá ser organizada como tal; podendo porém, criar juntas de serviços ou comites dirétamente responsáveis perante aqueles a quem servem.
" E ví um novo céu e uma nova terra... Eis que faço nova todas as coisas." (Apocalipse 21,1-5)
Essa tradição nos diz, que a Irmandade de Doze Passos para os Cristãos não é uma organização nos moldes convencionais.
Toda organização possui uma hierarquia: chefes, diretores, etc. Possui pessoas com autoridade para mandar nos demais, possui cargos de importancia e status. Em Doze Passos não há hierarquia humana, todos os membros, mesmo eleitos para os encargos, não possuem poder para governar, somente para coordenar, as decisões são tomadas pela consciencia coletiva (2ª Tradição) inspirada por Deus.
Aqui ninguém é classificado como superior aos demais, e nossa "remuneração" é a nossa recuperação, a felicidade e a serenidade que adquirimos pela Graça de Divina.
Não há encargos fixos, os comitês dos grupos devem ser trocados ao completar um ano, ou pederão, por votação, ser reeleitos por apenas mais um ano, ficando um mesmo comitê, por no máximo dois anos.
O importante é sempre ter em mente que D.P.P.C. não é uma organização como as outras, somos regidos pelos princípios Cristãos e governados por um Senhor Amantíssimo: Jesus.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

10ª Tradição:

Doze Passos para os Cristãos não opina sobre questões alheias à organização; por tanto o nome de D.P.P.C., jamais deverá aparecer em controvércias públicas.
"A ninguém damos qualquer motivo de escândalo, para que nosso ministério não seja criticado." (2Corintios 6,3)
Nossa Irmandade jamais se pronuncia publicamente, nem contra nem a favor de nenhum assunto, causa ou entidade que não diga respeito à nossa Irmandade e a nosso programa de recuperação. Não opinamos e nem corroboramos a opinião de outros, a respeito de assuntos que não nos digam respeito como: política, religião, esportes, ou qualquer outro tipo de tema.
Conhecemos a lei da ação - reação. A partir disto, sabemos que quando nos envolvemos nas causas alheias, certamente, "as causas alheias" hão de pretender se envolver conosco, por isso, não damos motivos.
A única reforma pela qual nos emprenhamos é a mudança espiritual e interior a qual cada um de nós se propõe ao praticar o programa de Doze Passos.
Mesmo os desentendimentos pessoais que possam, porventura, e lamentávelmente, ocorrer entre membros da Irmandade, devem ser deixados de lado ao entrarem na sala de reunião.
As reuniões de D.P.P.C. devem ser cheias de harmonia e serenidade, refletindo em cada um de nós a paz e o amor de Cristo.

11ª Tradição:

Nossas relações com o público se baseiam na atração em vez da promoção; precisamos sempre manter o anonimato pessoal no nível da imprensa, rádio, TV e filmes.
"Guardai-vos dos escribas que gostam..., de ser cumprimentados nas praças públicas e de sentar nas primeiras cadeiras nas sinagogas e nos primeiros lugares nos banquetes." (Marcos 12,38)
Nossa Irmandade pode e deve ser divulgada publicamente, precisamos do apoio dos meios de comunicação para que a Irmandade venha a ser conhecida e possa ser porcurada pelas pessoas que dela podem ser beneficiadas.
Não podemos transmitir nossa mensagem, de acordo com a 5ª tradição, a um número crescente de Cristãos que precisam de ajuda, se as pessoas não forem informadas de nossa existencia e de como entrar em contato conosco.
Por outro lado, o que não devemos fazer de modo algum, é permitir que nossa vaidade pessoal entre em cena prejudicando a nossa recuperação!
O que deve ser divulgado é a Irmandade de Doze Passos Para os Cristãos, o seu programa de recuperação e os benefícios que vem trazendo às pessoas. Jamais devemos divulgar os promover seus membros.
Se algum participante da Irmandade, precisar comparecer a orgãos de divulgação para dar seu testemunho e relatar sua recuperação através do programa de Doze Passos, deverá fazê-lo com anonimato, dando, se necessário, apenas o seu primeiro nome ou pseudônimo, não mostrando seu rosto. Devemos relatar sempre a verdade, e nunca se valer de técnicas ou subterfúgios para promover a Irmandade. A atração consiste em que as pessoas sintam-se atraídas pelos reais benefícios que a Irmandade oferece. No demais, devemos confiar na providencia divina.

12ª Tradição:

A humildade é o alicerce espiritual de todas as nossas tradições. Lembrando-nos sempre de colocar os princípios acima das personalidades.
"Guardai-vos de fazer as vossas obras diante dos homens para serem vistos por eles. Do contrario, não tereis recompensa junto ao Pai que está nos céus." ( Mateus 6,1)
Sabemos que a causa de nossa doença espiritual é o egoísmo, e que o egoísmo é a ação do orgulho. O inverso do orgulho é a humildade, e a cura para a nossa doença é o amor que é a ação da humildade.
Assim sendo, a humildade é o alicerce de todas as nossas tradições: Sem humildade não conseguimos colocar o bem estar comum em primeiro lugar. Sem humildade não conseguimos aceitar a autoridade de nosso Deus Amantíssimo. Sem humildade não conseguimos aceitar Cristo como nosso Salvador, uma vez que por vaidade, orgulho e presunção, continuaríamos acreditando que poderíamos nos curar sozinhos. Sem humildade não teríamos amor suficiente para desejar a judar os outros doentes que ainda sofrem. Sem humildade não conseguiríamos rejeitar doações financeiras daqueles que não sejam membros da Irmandade. Sem humildade não seríamos capazes de servir sem receber remuneração financeira. Sem humildade não seríamos capazes de nos abster de dar opiniões sobre assuntos alheios a nossa Irmandade. Sem humildade não conseguiríamos manter o anonimato na mídia, uma vez que a vaidade nos impulsiona a desejar a fama.
Quando fazemos obras, aparentemente boas, mas, com a intenção de nos vangloriarmos, de nos exibirmos para as outras pessoas, estamos alimentando nossa vaidade e nosso orgulho, estamos nutrindo nossa doença espiritual e o nosso egocentrismo.
Lembremo que: aquele que quer parecer maior diante dos homens, se torna menor diante de Deus!

quarta-feira, 2 de abril de 2008

SETE LEMAS:

(Adaptados de N/A, Al-anon e Nar-anon)

Os lemas orientam a cada um de nós para ter uma vida mais tranquila, sadia e acertiva.

Praticar os lemas é demonstrar sabedoria e sensatez, nos levando a ter uma canduta mais proxima da que Deus espera de nós.




1 - Fazer primeiro as coisas primeiras:

"Para tudo há um tempo, par cada coisa há um momento..." ( Eclesiastes 3,1)

A primeira parte da bíblia, Gênesis, conta como Deus criou a Terra em 7 dias, trabalhando na criação seis dias e descansando no sétimo.

Essa é, sem dúvida, uma grande lição para todos nós, uma vez que o próprio Deus, O Todo Poderoso, fez uma coisa de cada vez.

Não se pode construir o segundo andar de um edifício, sem construir antes o primeiro, senão cairá.

Não se pode desejar que uma criança vá a universidade, sem antes ter cursado a primeira e a segunda séries escolares.

Para tudo na vida há uma ordem a ser seguida, há sempre algo que é prioridade e precisa ser feito primeiro, assim, para passarmos ao progeto seguinte, é ideal, que tenhamos terminado o anterior.

Se desejarmos fazer tudo ao mesmo tempo, é mais provável que não façamos nada, pelo menos nada por completo. Se ordenarmos as tarefas e fizermos uma coisa de cada vez, em ordem de prioridade, é certo que mesmo que não terminemos todas as que planejamos, pelo menos algumas veremos terminar.

Quando o nervoso toma conta de nós, a ansiedade nos afoba e queremos rapidamente fazer tudo, estaremos enfadados ao fracasso, o que nos fará sentirmos muito mal, tristes e com baixa auto-estima.

Não há nada tão sensato e lógico quanto fazer primeiro as coisas primeiras.



2 - Devagar se vai ao longe:

"Por este motivo, esforçai-vos quanto possível por unir a vossa fé a virtude, à virtude à ciencia, à temperança à paciencia..." (2Pedro 1, 5-6)

Em nosso caminho em busca de nossa recuperação, devemos sempre lembrar deste lema. Sabemos que vamos nos recuperar, mas não devemos acreditar que será de imediato.

O Senhor Jesus nos ensina a ser mansos e pacientes: "Bem-aventurados os mansos por que possuíram a Terra." ( Mateus 5,4). Os apóstolos, demonstraram grande exemplo de paciencia e resignação ao esperar, sem data prévia, à volta do Senhor.

Não devemos só fazer planos visando resultados a curto prazo, devemos pensar também a médio e longo prazos.

Algo que hoje parece impossível de alcançar, com o passar do tempo, no futuro, quando as nossas possibilidades se ampliam, juntamente com o nosso conhecimento que aumenta, o que antes parecia impossível pode tornar-se viável.

São palavras de S. Fransisco de Assis: " Comece a fazer o necessário, depois faça o possível, dentro em pouco tempo, estará fazendo aquilo que considera impossível."

3 - Viver e deixar viver:

"Se for possível, quanto depender de vós, vivei em paz com todos os homens." (Romanos 12,18)

O orgulho é um conceito errado que temos de nós mesmos. É uma sensação falsa de que somos mais importante do que realmente somos, fazendo com que super-valorizemos todas as nossas coisas. Com isso, passamos a considerar nossas opiniões, valores, crenças, idéias, gostos e feitos mais importantes de que eles realmente são.

Essa forma de crença errada nos leva a querer impor aos demais as nossas vontades, gostos, opiniões, crenças, valores, etc. Passamos muito tempo acreditando que : " Se as pessoas seguissem os nossos conselhos estariam felizes, por que nós é que sabemos o que é bom pra elas!"

Não é difícil encontrarmos pessoas atabalhoadas, que mal conseguem resolver seus próprios problemas, dando conselhos aos outros!

O que este lema, sabiamente, nos sugere, é que não deixemos a presunção ( que é um defeito de caráter) nos domine e nos cegue, devemos ter consciencia de nossas limitações. A partir deste entendimento, devemos compreender que Deus deu uma vida apenas a cada um de nós, e que espera que cada um cuide da sua da melhor forma possível.

Portanto, não devemos desejar tomar o lugar de Deus e querer cuidar de questões que não nos competem, devemos sim, cuidar de nossas próprias vidas, e se agirmos da forma certa, resolvendo nossos problemas da maneira apropriada, evidentemente, os outros perceberão e estaremos, assim, ajudando os outros através de nosso exemplo.

terça-feira, 1 de abril de 2008

4 - Viver na Graça de Deus:

"Vinde a mim vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei." (Mateus 11,28)

A palavra "Graça" pode ter duas conotações: a primeira Graça, tem o sentido de benção, de estar abençoado, de ser agraciado por Deus. A segunda graça, no sentido de bom humor, satisfação, alegria e bem estar.

Ambas estas conotações podem ser corretas aplicadas neste lema.

Inicialmente, este lema nos sugere que nos entreguemos às bênçãos de Deus e que tenhamos confiança, fé e esperança, que vivamos embaixo e Sua Sombra, permitindo, espontaneamente, que Ele cuide de nós.

Por outro lado, este lema também sugere que fiquemos de bem com a vida e com Deus. Que tenhamos bom humor, que sintamos satisfação de viver que cultivemos a alegria, procurando ver o lado bom da vida, pensamentos e emoções positivas, e que, plantemos bons frutos para termos uma boa colheita.

As portas de nossa casa, bem como as de nossos corações, devem estar sempre abertas a Cristo, para que Ele possa fazer as suas ceias em nossa companhia.

5 - Esquecer os prejuízos:

"Não vos inquieteis com nada!...E a paz de Deus, que excede toda inteligencia, haverá de guardar vossos corações." (Filipenses 4, 6-7)

Não importa como tenha sido o nosso passado, quando praticamos os Doze Passos para os Cristãos, iniciamos uma nova vida, deixamos, portanto, o nosso passado para trás, e começamos tudo outra vez.

É perfeitamente compreencível, que na vivencia de nossa doença espiritual, durante os anos nos quais vivemos o nosso afastamento de Deus, tenhamos feito muitas coisas inconcientemente, impulsionados por nossos instintos, cometido muitos erros, provocado reações adversas por parte das outras pessoas e nos revoltado com a realidade, com a qual, não sabiamos lidar.

Se queremos mudar, devemos pensar: "Hoje é o primeiro dia de nossa nova vida!" Deixando pra trás tudo, compreendendo que os fatos que vivemos no passado foram frutos de nossa doença espiritual.

"Pouco importa o que fomos, ou o que ainda somos. O que realmente importa, é o que ainda podemos vir a ser."

Isso, no entanto, não significa, que daqui pra frente não cometeremos mais erros e que tudo será perfeito. Não, o erro sempre fará parte de nossas vidas, conflitos e divergencias com outras pessoas também, temos que ter consciencia de nossa condição humana imperfeita e limitada. Portanto, esquecer os prejuízos é uma tarefa para a vida inteira, e todo dia é dia de começar.

6 - Recomendar-se a Deus incondicionalmente:

"Para Vós , Senhor, elevo a minha alma, Meu Deus, em Vós confio..." (Salmos 24, 1-2)

As palavra chave deste lema é CONFIANÇA: Confiamos em Cristo o suficiente para recomendarmo-nos a Ele incondicionalmente?

Estas são as palavras de Bill W. um dos fundadores de Alcóolicos Anônimos: "A fé é como um salto no escuro para os braços de Deus; aquele que não tem fé, não salta e não é abraçado, fica, apenas, no escuro."

Recomendar-se a Deus incondicionalmente é ter fé que Ele sabe o que é melhor para nós, e o que Ele nos dá é, sem dúvida, o que merecemos e precisamos. Confiantes em sua justiça e no amor que tem por nós, resolvemos nos desapegar de tantas preocupações que temos, exageradas, conosco mesmos, a qual denomina-se egocentrismo, Esse desapego nos trará serenidade, paz e leveza de espírito.

Um termo popular muito usado, quando, sabiamente, deixamos de nos preocupar com fatos que estão fora do nosso controle: "Seja o que Deus quizer!" Assim agimos, entregando a Deus o controle da situação, em Suas Fortes e Sábias Mãos entregamos o leme de nossos barcos.

"Perguntou-lhes, então:"Onde está a vossa fé? (Lucas 8,25)

7 - Só por hoje:

"Não vos preocupeis, pois, com o dia de amanhã: o dia de amanhã terá suas peocupações próprias; a cada dia basta o seu cuidado" (Mateus 6, 34)
Como já disemos no quinto lema: " Hoje é o primeiro dia de nossa nova vida" e será sempre, por que o ontem já vivemos quando era hoje, e o amanhã, quando chegar, será hoje novamente.

Desta forma vivemos um dia de cada vez, seguindo as palavras de Jesus: " A cada dia basta o seu cuidado".

A magia do hoje é que, todos os dias que vivemos são sempre hoje, Não podemos dizer que estamos vivendo ontém, ou que: agora é amanhã. Não. Todos os dias que acordamos serão sempre hoje, e este é o dia que temos que viver!

Quando recebemos Cristo em nossos corações, e aceitamos os designos de Deus, viver "SÓ POR HOJE" não é problema:
"Portanto eis que vos digo: não vos preocupeis por vossa vida, pelo que comereis, nem pelo vosso corpo, pelo que vestireis...Olheis as aves dos céus: não ceifam nem recolhem nos celeiros e vosso Pai Celeste as alimenta... Considerai como crescem os lírios dos campos; não trabalham nem fiam. Entretanto, eu vos digo que o próprio Salomãono auge de sua glória não se vestiu como um deles. Se Deus veste assim a erva do campo...quanto mais a vós, homens de pouca fé. Nõa vos aflijais...! (Mateus 6, 25-30)
Ao acordarmos, devemos orar ao Senhor para que tenhamos mais um dia de paz, bom humor, harmonia, para que possamos resistir aos instintos e vícios, para que termos tolerância com os demais e para que possamos fazer bom proveito deste dia fazendo coisas úteis e produtivas, pois: "Assim como eu der ao mundo, assim o mundo também me dará."